Nesses dias de alquimia ousei perguntar
sobre alguns mistérios inerentes a
beleza:
Ex: O que faz uma flor de outono ser
tão bela?
Num dia ensolarado está tão vigorante
e erguida
E no dia seguinte murcha, sem vida...
Como as fases
da lua e da mulher: nova, minguante,
linda e radiante.
Mas neste espaço de tempo, a
beleza se faz intensa!
Permuta de luz em sublime! Nele cabe
toda uma vida,
Uma eternidade, um riso, uma
lembrança de saudade.
[Nascer, botão, flor intensa, murchar
e morrer...]
Mas há certo instante, assim como na
vida
Onde a beleza é efêmera e universal,
simultaneamente.
E o poeta, este esteta, necrológico
do saber
Encontra-se salvo e perdido, ao mesmo
tempo.
Num dia de chuva e trânsito caótico, não sei
em que fase estavas cotidiana
musa, mas
Absorto desta beleza de você, foi como música...
(Felipe Pöe)
(poema pertencente ao livro "Esfinge", editora: Homero, São Paulo, Agebook)
(poema pertencente ao livro "Esfinge", editora: Homero, São Paulo, Agebook)